A linguagem corporal pode ser um poderoso atrativo ou dissuasor quando se trata de construir relacionamentos com os outros. As pessoas avaliam você visualmente nos primeiros minutos de sua reunião. Me perguntaram muito sobre linguagem corporal pela mídia ao longo dos anos. Aqui estão algumas perguntas junto das minhas respostas relacionadas ao uso da linguagem corporal em ambientes de networking.

• O que você pode fazer para aumentar sua confiança? Para parecer amigável e experiente para os outros?
• O que a mais recente ciência fala sobre os gestos das mãos e como eles afetam a maneira como somos percebidos por outras pessoas?
• Temos ouvido falar sobre como a chamada “Power Pose” ou “Superman Pose” (mãos nos quadris) pode não ser tão eficaz quanto pesquisas inicialmente mostraram – isso é verdade? Existem outras poses que aumentam a confiança?
• O espaço pessoal às vezes é um problema. Quão perto você deve estar das pessoas quando está falando com elas?

As pessoas pensam demais nesse problema. A resposta é bem direta – pareça mais “interessado” do que “interessante”. Quando estiver conhecendo pessoas, pratique ser um entrevistador interessado e um ouvinte ativo. Aprenda sobre eles e, durante o processo, certifique-se de que suas expressões faciais correspondem a esse interesse. Não pareça entediado – pareça engajado. Você pode fazer isso com um sorriso, uma reação apropriada a um comentário ou alguns acenos de cabeça (mas não como um boneco daqueles que balançam a cabeça). Além disso, use suas sobrancelhas para mostrar sua reação aos comentários. Faça isso de uma maneira autêntica. Se você realmente demonstrar interesse por outras pessoas, ficará surpreso com algumas das histórias que ouve e com as pessoas que conhece. Você também causará uma ótima impressão nessas pessoas. Todas essas coisas ajudarão você a parecer mais caloroso, amigável e confiante.

Em um estudo feito por Holler e Beatie, eles descobriram que os gestos aumentam o valor da mensagem de alguém em 60%! Eles analisarem milhares de horas de palestras do TED e encontraram um padrão impressionante. As palestras TED mais assistidas foram feitas por pessoas que usaram gestos manuais eficazes.

Especificamente, eles analisaram o TED Talks da cabeça aos pés e descobriram que o TED Talks menos popular usou uma média de 272 gestos com as mãos durante uma palestra de 18 minutos e as palestras TED Talks mais populares usaram uma média de 465 gestos com as mãos durante a palestra – quase o dobro!

Lembre-se que os gestos com as mãos são bons ao falar com algúem, mas não os transforme em “mãos de jazz”, onde suas mãos nunca param quietas! Tenha um propósito em seus gestos.

Além disso, ao fazer determinados gestos, certifique-se de fazê-los da perspectiva do ouvinte e não da sua. Por exemplo, se você está falando sobre o crescimento de um negócio, você pode naturalmente fazer um gesto com a mão indo do canto inferior esquerdo para o superior direito. Isso parece com um crescimento a partir da sua perspectiva, mas seria o oposto da perspectiva do ouvinte. O mesmo acontece em relação a uma linha do tempo. Para você, o início de um projeto estaria à sua esquerda e o final do projeto estaria à sua direita. No entanto, para o ouvinte, o seu gesto com as mãos deve ser invertido para que o gesto que você está fazendo suporte o ponto que você está compartilhando de acordo com a perspectiva da outra pessoa. Essa é uma técnica muito sutil que pode realmente ajudar em suas conversas com as pessoas.

A “Power Pose” é ótima se você é a Mulher Maravilha ou o Super Homem. Para meros mortais – nem tanto. Parece apenas teatral. A “Power Pose” envolve uma teoria da Psicologia desacreditada que foi baseada em um estudo de 2010 que foi refutado por um dos autores originais do artigo. Ao invés de “fazer pose”, seja o seu melhor “eu”. Não se debruce, não cruze os braços e, acima de tudo, mantenha um bom contato visual. Não fique olhando pela sala enquanto fala com as pessoas. Isso faz com que elas se sintam como se você não se importasse com elas. Lembre-se, esteja interessado e pareça interessado quando estiver conversando com alguém.

O estudo da Proxêmica (termo criado pelo antropólogo Edward T. Hall em 1963 para descrever o espaço pessoal de indivíduos num meio social) tem uma aplicação para o espaço pessoal em uma conversa. O espaço pessoal varia de acordo com a cultura, no entanto, em geral, nas culturas norte-americanas, o espaço pessoal é um pouco “afastado”. Não entre no espaço de alguém, a menos que você tenha um relacionamento com essa pessoa que justifique isso. Não faça com que as pessoas se sintam desconfortáveis ao ficar perto demais. Na época em que vivemos – isso é muito importante com o sexo oposto.

A linguagem corporal em ambientes de Networking pode ser muito importante. Mantenha os pontos citados acima em mente. Fique confortável e seja autêntico. A chave é praticar, praticar, praticar e observar reações ao longo do tempo.