POR IVAN MISNER, BNI FOUNDER
EPISÓDIO 509: “Não reinvente a roda”
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Priscilla :
Olá, bem-vindo ao Podcast oficial do BNI em português, trazido a você pelo BNI Brasil. Eu sou Priscila Rice, na voz de Kedma França e estou na QComm Comunicação, em São Paulo, falando com o fundador e presidente do BNI, Dr. Ivan Misner, na voz de Oswaldo Quartim Barbosa, membro do BNI. Olá Ivan, como você está?
Ivan:
Eu estou indo muito bem, Priscilla. Eu tenho uma pergunta que fez meu coração disparar e minha pressão subir depois que a li. Tive que respirar fundo e meditar um pouco antes de dar a resposta. A questão vem da Serena, nos Estados Unidos. Ela diz: “Meu grupo não oferece orientações aos visitantes”. Estamos habituados a ter 4, 5 visitantes por reunião e os membros optaram por não retirá-los da sala antes dos avisos porque acreditam que isso deixaria o nível de energia da reunião mais baixo. Agora, o vice-presidente e o anfitrião de visitantes vão conversar com eles ao fim da reunião para saber se eles gostariam de mais informações sobre o funcionamento do BNI”.
Sei que ela quer minha opinião sobre este assunto e eu não quero jogar Serena na fogueira. Ela me perguntou e, para responder, vou contar uma pequena história sobre como teve início a recepção dos visitantes e a orientação deles. Na verdade, foi em meados da década de 1980, vários anos depois que comecei o BNI. Ouvi falar de um grupo que tinha um anfitrião de visitantes e perguntei o que seria isso? Então, me disseram que o anfitrião de visitantes é aquele que os recebe e, ao fim, faz uma reunião para dar aos visitantes todas as informações sobre como funciona o BNI.
O que foi incrível é que, enquanto a pessoa me descrevia as atribuições deste cargo, comecei a pensar em como não havíamos feito algo assim antes. Percebi como aquilo era incrível e comecei a olhar para os números daquele grupo e vi que só cresciam. Quando eu percebi o quão bem-sucedido aquele grupo era, estendi a mão ao presidente e disse que gostaria de ver essa coisa de anfitrião de visitantes e como era feita a orientação.
O anfitrião de visitantes tem um papel muito importante e para entender melhor, farei uma analogia. Imaginemos uma linha de produção de carros e alguém perde um parafuso e pensa que aquilo é apenas um parafuso. Daí, outra pessoa sente falta de alguma outra peça e, por aí vai… Quando se percebe, o carro sai da linha de produção com apenas três rodas…
O desempenho de um carro de três rodas e que vai perdendo peças ao longo do caminho não é o mesmo que um veículo completamente acabado. O mesmo acontece com um grupo incompleto. Hoje, temos mais de 8 mil grupos, você sabia disso, Priscila?
Priscilla:
Que marca incrível, Ivan!
Ivan:
Com 8 mil grupos não podemos reinventar a roda. Ou seja, não podemos achar que a perda de um simples parafuso ou de algumas peças não vai comprometer o desempenho do carro. Uma vez, em uma plateia, alguém disse que não concordava com algumas metodologias do BNI. Daí, perguntei se ela era boa no que fazia e disse que aquela era pergunta para ser respondida honestamente. Pega de surpresa, ela disse que sim, que era muito boa no que fazia.
Eu disse: “Que ótimo! Da mesma forma que você é um especialista e espero que seus clientes sigam seus conselhos, há muita gente que acredita que eu sou, possivelmente, um especialista. Tenho feito isso há mais de 30 anos. E muitas dessas pessoas seguem meu conselho. Então, meu conselho para todos e para a Serena é ‘não reinventem a roda”.
As orientações aos visitantes têm sido feitas desde meados da década de 1980 e isso é muito importante. Uma das razões para isso é que os visitantes não entendem muito bem o que está acontecendo. Eu me lembro da primeira orientação de visitantes que foi na década de 80. Um visitante disse: “ah, é isso que são essas fichas. Eu não tinha certeza. Esses são boletos de referência. Como isso funciona? O que há nessa informação? Quem preenche isso? Ah, eu vi que todos estavam carregando esses portas-cartões cor de vinho, então vocês têm cópias dos cartões de visita de todos?”.
Há tudo isso acontecendo e, claro, eles querem falar sobre si mesmo e podem não prestar tanta atenção quanto você gostaria e, é por isso que é tão importante orientar os visitantes. Porque não é apenas explicar o que aconteceu na reunião, mas também o que acontecerá se decidirem se juntar ao grupo.
Agora, um outro conselho e eu adoraria ouvir sua opinião sobre isso, Priscilla. Se você está ouvindo este podcast e percebe que há peças na linha de produção do seu grupo que estão sendo deixadas de fora de propósito e que há mudanças sendo feitas, como deixando a orientação aos visitantes de lado… há algumas coisas a serem feitas para retomar a ordem… Peça ao seu diretor para encaminhá-lo para um grupo que, realmente, faz uma excelente orientação para visitantes.
Vá observar outro grupo. Pergunte ao anfitrião de visitantes se você pode se sentar em sua orientação porque deseja fazer isso no seu grupo. Descobri que os grupos são incrivelmente cooperativos com algo assim. Então, vá lá, assista, observe e faça perguntas. Além disso, traga seu diretor para ajudá-lo a implementar isso em seu capítulo.
Você não está sozinho. Temos sistemas e processos, que, aliás, serão o tema do podcast da próxima semana, Priscilla, sobre sistemas e processos e o que pode dar errado se você não fizer essas coisas. Voltem na próxima semana e ouçam esse podcast porque será o complemento deste aqui.
Sabe, não me lembro de ter dito isso em um podcast, Priscilla, mas Arnold Palmer, que foi o maior jogador de golfe da história tinha um treinador. Você sabia disso?
Priscilla:
Não, não sabia disso.
Ivan:
Sim. Ele estava no topo do ranking e ganhando milhões. Ele conseguiu um treinador para ajudá-lo e dizia que podemos ficar descuidados e uma vez que ficamos desleixados, perdemos o jogo. Você consegue imaginar ser o treinador de Arnold Palmer? Isso me deixaria um pouco nervoso. Mas, ele disse: “Encontrei um treinador de golfe realmente, muito bom e todos os anos, eu me asseguro de trabalhar meu balanço apenas para ter certeza de ter conseguido isso porque adquirimos hábitos que não são bons”. É Importante nos livrarmos desses hábitos.
Então, se você participa de um grupo que tem algum mal hábito, ouça estes podcasts. Existe um monte de conteúdo para melhorar o seu grupo e espero que não tenha mais problemas de taquicardia e pressão alta diante de algo assim.
Priscilla:
Eu só quero lembrar aos ouvintes de ouvir o podcast 503 sobre como ser um anfitrião de visitantes muito caloroso e acolhedor e como isso faz o visitante se sentir quando eles chegam ao grupo porque acho que isso é realmente importante.
Ivan:
Ótimo. Isso é tudo por hoje, a menos que você tenha algo a acrescentar, Priscilla.
Priscilla:
Para mim, está ok! Obrigado Ivan!
Priscilla:
Gostaria apenas de lembrar aos ouvintes que este podcast chegou até vocês pelo BNI Brasil. Muito obrigada pela atenção. Sou Priscilla Rice na voz de Kedma Franza. Nós esperamos você na próxima, com mais um Podcast Oficial do BNI.