Mulheres mudam a cara do networking

Mulheres mudam a cara do networking

MULHERES MUDAM A CARA DO NETWORKING

 
Mulheres transformam e são transformadas pelo ambiente de networking

Por Mara Leme Martins, PhD e vice presidente BNI Brasil

 

As mulheres já são maioria quando o assunto é empreendedorismo no Brasil, pelo menos em um segmento, o de iniciantes. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2016, realizada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade – IBQP, a taxa de empreendedorismo feminino entre novatos – aqueles que possuem um negócio com até 3,5 anos – é de 15,4%, enquanto a masculina é de 12,6%.

É sabido que uma das coisas mais importantes, e ao mesmo tempo difíceis, para quem está iniciando um empreendimento é fazer contatos, conhecer as pessoas certas, o famoso networking. E isso é mais desafiante para as mulheres, já que os grupos profissionais e de negócios ainda são espaços predominantemente masculinos, o que causa uma certa intimidação.

As dificuldades não param por aí, já que muitas empreendedoras são também mães e têm jornada dupla de trabalho. A falta de tempo para ir a happy hours, clubes sociais e eventos em geral soma-se à falta de abertura para a participação feminina nesses ambientes e o resultado é negativo para todo o ecossistema empreendedor.

Dentro deste cenário, muitos grupos de networking exclusivos para mulheres tem surgido nos últimos anos no Brasil, o que é positivo. No entanto, esta separação traz também perdas, já que quanto mais íntegro e diverso é um ambiente, maiores são as suas possibilidades de expansão. Prova disso é o BNI – Business Network International, a maior e mais bem sucedida organização de networking profissional do mundo, criada há 32 anos e presente em 79 países.

No Brasil desde 2008, trazido dos Estados Unidos por Marcos R. Martins, está presente em diversos estados e reúne mais de quatro mil empreendedores em diversas cidades. Embora os homens representem maioria no ambiente, que somente no último ano gerou mais R$ 380 milhões em negócios fechados, o número de mulheres vem crescendo substancialmente, o que está diretamente ligado ao seu sucesso.

Isto porque as mulheres, seja por questões naturais ou mesmo culturais, costumam colocar a serviço do sistema características muito importantes para o desenvolvimento de negócios. Vale ressaltar sua maior habilidade para estabelecer conexões, se comunicar e criar vínculos, bem como para acolher, harmonizar conflitos e colaborar.

Um ambiente de networking onde há espaço para que o feminino se manifeste de maneira mais livre, como o proporcionado pelo BNI, é radicalmente transformado e gera transformações positivas em todos os seus interagentes, tornando-os mais potentes e prósperos em todos os sentidos.

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